•09:06
"Deve haver algo estranhamente sagrado
no sal. Encontra-se em nossas lágrimas
e no mar." Kahlil Gibran
no sal. Encontra-se em nossas lágrimas
e no mar." Kahlil Gibran
O mar faz excursões
pela lagoa
e adormece
nos tabuleiros das salinas.
As águas represadas
não podem voltar:
sofrem de volúpia
e desencanto.
Para esquecer a saudade
e o triste confinamento,
suplicam os beijos do sol
e os afagos do vento.
E tanto o sol as aquece,
e tanto o vento as afaga,
que as águas loucas de amor
sobem nas asas do vento,
mitigam a sede do sol...
... E deixam depositadas
no fundo da represa
suas lágrimas de sal,
que são pequenos cristais
— brancos como a saudade
que os olhos dágua choraram.