•11:21
O tempo esta prenhe
de angústia.
A terra estremece
e se contorce de dor.
Há lágrimas deslisando
pela face nua das nuvens.
A multidão
é um amontoado inexpressivo
de folhas secas agitadas pelo vento.
Uma semente
caiu na palma da minha mão.
Grito para a platéia
de folhas mortas:
é uma árvore!
Não tem folhas,
nem frutos,
nem sombras
mas é uma arvore!
Examino-a.
O futuro está
na palma da minha mão.
Esta semente
é 0 pão,
a mesa,
o catre,
o teto,
a lenha do fogão,
o cabo da enxada,
o sonho e a riqueza.
Quem me ouve?
A resposta é um ruído
prolongado de folhas
que se movimentam
no embalo
ou no desespero do vento.
Beijo a terra sedenta.
A multidão cambaleia
no paroxismo da fome.
Afinal,
de que vale uma semente
na palma da minha mão?...
de angústia.
A terra estremece
e se contorce de dor.
Há lágrimas deslisando
pela face nua das nuvens.
A multidão
é um amontoado inexpressivo
de folhas secas agitadas pelo vento.
Uma semente
caiu na palma da minha mão.
Grito para a platéia
de folhas mortas:
é uma árvore!
Não tem folhas,
nem frutos,
nem sombras
mas é uma arvore!
Examino-a.
O futuro está
na palma da minha mão.
Esta semente
é 0 pão,
a mesa,
o catre,
o teto,
a lenha do fogão,
o cabo da enxada,
o sonho e a riqueza.
Quem me ouve?
A resposta é um ruído
prolongado de folhas
que se movimentam
no embalo
ou no desespero do vento.
Beijo a terra sedenta.
A multidão cambaleia
no paroxismo da fome.
Afinal,
de que vale uma semente
na palma da minha mão?...