•11:06

É dia de Natal! O velho sino,
na velha torre da Matriz branquinha,
não descansa. Seu dem-de-lém divino
ecoa alegremente na aldeinha

Dia de festa! A rústica bandinha
enche o velho coreto e, em desatino,
resssuscita uma cândida marchinha
do tempo em que vovô era menino.

Natal!... Sinos, cantigas, orações
ao Deus-Menino, filho de Maria,
nascido em manjedoura, envolto em panos.

Apenas resto de recordações,
de tão suave e mística poesia,
do Natal, dos Natais de tantos anos!...
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