•12:33


Venho de um tempo
que não se conta.
Escondi meu castelo
na areia do deserto.

Não pergunte meu nome.
Não queira decifrar
minha identidade
cromossomática.
Não vasculhe
minha herança atávica.

Tenho no meu corpo:
a aspereza da argila,
o orvalho das madrugadas
silenciosas e frias.

Perturba-me o lamento do vento
esculpindo vultos
nas cavernas de ninguém...
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