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Soneto XV
Para um pouco no tempo e na memória,
consciente de tudo o que te envolve;
teus sonhos não sonhaste numa noite,
homem do mar, ó navegante audaz!
Repousa no universo das lembranças.
Esquece a noite. Esquece os cães vadios.
Quem pode decifrar esse mistério
na incógnita ciranda do futuro?
No espaço do teu tempo relativo,
há sempre uma esperança renovada,
e o dia que se vive é sempre "hoje".
Fecha o teu livro. Encerra o teu discurso.
O teu adeus ficou nos corações.
Adentraste o Caminho das Respostas.