A felicidade,
esquiva como sempre,
chegou,
um dia. bem cedinho,
à minha porta,
e ficou
esperando
que eu a mandasse entrar.
Não bateu, não chamou,
não disse nada.
Apenas chegou,
timidamente,
como quem pede desculpa,
e se encostou
à minha porta.
E tão silenciosa ficou,
que o dia todo passou,
e eu não tive,
sequer,
o gesto que conforta,
o gesto delicado
de abrir-lhe a minha porta.
Anoiteceu,
e ela, cansada de esperar,
foi, de certo,
procurar
quem lhe desse pousada.
... E nunca mais voltou!
E era assim,
e sempre assim
que aquele velhinho só
terminava a sua história:
Ainda hoje,
depois de tantos anos
de fatais desenganos,
eu sinto, constantemente,
a realidade,
de que, na minha vida,
já passou,
imperceptivelmente,
a felicidade.
esquiva como sempre,
chegou,
um dia. bem cedinho,
à minha porta,
e ficou
esperando
que eu a mandasse entrar.
Não bateu, não chamou,
não disse nada.
Apenas chegou,
timidamente,
como quem pede desculpa,
e se encostou
à minha porta.
E tão silenciosa ficou,
que o dia todo passou,
e eu não tive,
sequer,
o gesto que conforta,
o gesto delicado
de abrir-lhe a minha porta.
Anoiteceu,
e ela, cansada de esperar,
foi, de certo,
procurar
quem lhe desse pousada.
... E nunca mais voltou!
E era assim,
e sempre assim
que aquele velhinho só
terminava a sua história:
Ainda hoje,
depois de tantos anos
de fatais desenganos,
eu sinto, constantemente,
a realidade,
de que, na minha vida,
já passou,
imperceptivelmente,
a felicidade.