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As cantigas aprendidas
na minha infância distante
falavam do anel de vidro
e do amor que se acabou.
No meio da rua virgem
a criançada de outrora,
abria e fechava a roda
cirandando a cirandinha.
Nao havia correria,
que 0 tempo não corria
como corre hoje em dia,
sem dar mais aquele tempo
em que a gente tecia
romance com poesia.
Hole as ruas também correm
sob o aro dos automoveis,
sob os pés dos apressados
que caminham torturados,
prisioneiros inconscientes
do moderno anel de vidro,
que logo logo se quebra
no desencanto do amor! ...
(Dica: Pare o som do blog para ouvir o som da poesia em vídeo)