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Penso
nos corações
que amaram cedo
e que, na madrugada dos sonhos,
venturosos e risonhos,
tiveram as primeiras ilusões.
Penso
nos corações que tombaram
anonimamente,
e que levaram
sepultado dentro do peito
uma imagem qualquer
de mulher.
Penso
nos corações infelizes
que foram afastados impiedosamente
do convívio da família,
vítimas de moléstias insidiosas
e que, no silêncio
das suas dores íntimas,
padecem de saudade.
Penso
nos amores ardentes,
apaixonados,
que tiveram
sem explicações
sua marcha interrompida.
Penso
e vos convido a pensar
na legião de seres infelizes
que perambulam no mundo! ...
(Dica: Pare o som do blog para ouvir o som da poesia em vídeo)