•16:38


Não quero perder o trem

que parte

a madrugada

em pedaços

de agonia lenta.


Levarei

o estômago vazio

e a mala sem roupa.


As

quatro pontas

do meu lenço

serão unidas

com quatro nós

simbólicos


A viagem será

uma parábola

para quem só conhece

o chão da casa.


Entretanto,
o trem que não vi chegar,
partiu.

Amanhã

jamais será outro dia.


Mesmo assim,

eu estarei perpetuado

na continuidade

do tempo e da memória.



(Dica: Pare o som do blog para ouvir o som da poesia em vídeo)
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