•17:40
O Tempo está prenhe
de angústia.
A Terra estremece
e se contorce de dor.
Há lágrimas deslisando
pela face nua das nuvens.
A multidão
e um amontoado inexpressivo
de folhas secas
agitadas pelo vento.
Uma semente
caiu na palma da minha mão
Grito para a platéia
de folhas mortas:
É uma arvore!
Não tem folhas,
nem frutos,
nem sombra,
mas é uma arvore!
Examino-a
O futuro está
na palma da minha mão.
Esta semente
é o pão,
a mesa
o catre,
o teto,
a lenha do fogão,
o cabo da enxada,
o sonho e a riqueza.
Quem me ouve?
A resposta é um ruido
prolongado de folhas
que se movimentam
no embalo
ou no desespero do vento.
Beijo a terra sedenta.
A multidão cambaleia
no paroxismo da fome.
Afinal,
de que vale uma semente
na palma da minha mão?...
(Dica: Pare o som do blog para ouvir o som da poesia em vídeo)
de angústia.
A Terra estremece
e se contorce de dor.
Há lágrimas deslisando
pela face nua das nuvens.
A multidão
e um amontoado inexpressivo
de folhas secas
agitadas pelo vento.
Uma semente
caiu na palma da minha mão
Grito para a platéia
de folhas mortas:
É uma arvore!
Não tem folhas,
nem frutos,
nem sombra,
mas é uma arvore!
Examino-a
O futuro está
na palma da minha mão.
Esta semente
é o pão,
a mesa
o catre,
o teto,
a lenha do fogão,
o cabo da enxada,
o sonho e a riqueza.
Quem me ouve?
A resposta é um ruido
prolongado de folhas
que se movimentam
no embalo
ou no desespero do vento.
Beijo a terra sedenta.
A multidão cambaleia
no paroxismo da fome.
Afinal,
de que vale uma semente
na palma da minha mão?...
(Dica: Pare o som do blog para ouvir o som da poesia em vídeo)